quarta-feira, 25 de maio de 2011

Que vergonha desse país!

Para que server nós ambientalistas???? Estou me perguntando isso desde a votação de ontem.
Nós ambientalistas lutamos para que tenhamos TODOS NÓS um planeta para viver, damos nossas caras a tapas para defender o mundo de TODOS NÓS e chega pessoas com interesses obscuros e jogam tudo isso no lixo. NO LIXOOO!!!
Por que nós que tentamos deixar um planeta pelo menos habitável para as gerações futuras somos chamados de ecochatos e quem está degradando o país é visto como um senhor respeitado?? Parecer que nosso país está de cabeça para baixo, parecer que ninguém quer pensar para frente do seu nariz e ter uma visão ampla de mundo.
Hoje a frase do Naidoo não sai da minha cabeça: "O Brasil está bem no caminho da transição entre uma economia 'emergente' e uma economia 'industrializada'. Se eu pudesse dar apenas um conselho para o próximo presidente do país seria isso: Não baseie seu crescimento em modelos que não serviram bem ao mundo". Espero que Dilma cumpra sua promessa de campanha e vete essa vergonha que foi aprovada ontem.
O Código Florestal precisa de reforma? COM CERTEZA!! Mas precisa de reformar para melhorar nossa condição de vida! Não essa coisa que mostro logo abaixo:

domingo, 15 de maio de 2011

Planeta Azul

Hoje a vida se mostra mais clara, mais justa. Acredito que consciência ecológica já está inserida na grande maioria das pessoas. Mas então vocês devem estar se perguntando: porque ainda há poluição?
Acredito que as pessoas fazem escolhas. Sabem que o que estão fazendo com o mundo está errado, mas fazem mesmo assim, mesmo sabendo das conseqüências generalizadas.
A pergunta que eu faço a vocês é: o que vocês estão fazendo para modificar isso??? É uma luta constante que enfrento aparentemente contra o mundo, vamos enfrentar juntos?
Ontem fui ao show do Chitãozinho e Xororó e finalizaram o show com uma música que nunca tinha escutado, que fala sobre tudo isso, poluição, degradação.. sobre nosso Planeta Azul:

A vida e a natureza sempre à mercê da poluição
Se invertem as estações do ano
Faz calor no inverno e frio no verão
Os peixes morrendo nos rios
Estão se extinguindo espécies animais
Nem tudo que se planta, colhe
O tempo retribui o mal que a gente faz
Onde a chuva caía quase todo dia
Já não chove nada
O sol abrasador rachando o leito dos rios secos
Sem um pingo d'água
Quanto ao futuro inseguro
Será assim de norte a sul
A terra nua semelhante à lua
O que será desse Planeta Azul?
O que será desse Planeta Azul?
O rio que desce as encostas já quase sem vida
Parece que chora um triste lamento das águas
Ao ver devastada a fauna e a flora
É tempo de pensar no verde
Regar a semente que ainda não nasceu
Deixar em paz a Amazônia, preservar a vida
Estar de bem com Deus!

http://www.vagalume.com.br/chitaozinho-e-xororo/planeta-azul.html#ixzz1MRuKKt00


Vídeo - Planeta Azul

terça-feira, 10 de maio de 2011

Senado pode votar na terça projeto que tira poderes do Ibama - 09/05/2011

Local: São Paulo - SP
Fonte: Amazonia.org.br
Link:
http://www.amazonia.org.br

Enquanto as atenções dos ambientalistas estão na Câmara dos Deputados,
onde se discute a votação das mudanças do Código Florestal Brasileiro,
o Senado desengavetou um projeto de lei que tira do Instituto
Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (Ibama) o
poder de fiscalizar o desmatamento. A informação é do jornal Folha de
S. Paulo. O texto regulamenta o artigo 23 da Constituição, definindo a
competência das três esferas do poder público na proteção ao meio
ambiente. O projeto foi proposto pelo deputado Sarney Filho (PV-MA),
um dos líderes dos ambientalistas. Entretanto, recebeu uma emenda que
diz que só a esfera que concede a licença ambiental pode fazer a
fiscalização do desmatamento. Como os Estados têm poder para conceder
licença, o Ibama ficaria impossibilitado de fiscalizar. Na última
semana, o senador Romero Jucá (PMDB-RR) apresentou requerimento
pedindo que o projeto trâmite em regime de urgência. O projeto pode
ser votado na terça-feira (10), na mesma data em que está marcada a
votação do Código Florestal na Câmara.

segunda-feira, 9 de maio de 2011

MENSAGEM DE APOIO

Abaixo posto uma mensagem do ilustre Leonardo Boff, leiam com atenção, é uma mensagem que posto concordando com todas as palavras e com todos os ideais.         

Companheiros e companheiras,

Por razões de saúde que me prendem em casa, não pude e estar ai com vocês. Que valha essa pequena mensgem.

Lamento profundamente que a discussão do Código Florestal foi colocada preferentemente num contexto econômico, de produção de commodities e de mero crescimento econômico.
Isso mostra a cegueira que tomou conta  da maioria dos parlamentare e também de setores importantes do Governo. Não tomam em devida conta as mudanças ocorridas no sistema-Terra e no sistema-Vida que levaram ao aquecimento global.
Este é apenas um nome que encobre práticas de devastação de florestas no mundo inteiro e no Brasil, envenenamento dos solos, poluição crescente da admosfera, diminuição drástica da biodiversidade, aumento acelerado da desertificação e, o que é mais dramático, a escassez progresiva de água potável que  atualmente já tem produzido 60 milhões de exilados.
 Aquecimento global significa ainda a ocorrência cada vez mais frequente de eventos extremos, que estamos assistindo no mundo inteiro e mesmo em nosso pais, com enchentes devastadoras de um lado, estiagens prolongadas de outro e vendavais nunca havidos no Sul do Brasil  que produzem grandes prejuizos em casas e plantações destruidas.
Só cegos e estupidificados pela ganância do lucro não vêem as conexões causais entre todos estes fenômenos.
A Terra está doente. A  humanidade sofredora de 860 milhões passou, por causa da crise econômico-financeiro dos paises opulentos, onde grassam ladrões, salteadores de beira de estrada das economias populares, a um bilhão e cem milhões de pessoas.
Consequência: a questão não é salvar o sistema econômico-financeiro, não é produzir mais grãos, carnes e commodities em geral para exportar mais e aumentar o lucro.
A questão central é salvar a vida, garantir as condições fisico-químicas e ecológicas que garantem a vitalidade e integridade da Terra e permitir a continuidade de nossa civilização e do projeto planetário humano.  A Terra pode viver sem nós e até melhor. Nós não podemos viver sem a Terra. Ela é  nossa única Casa Comum e não temos outra. Ela é a Pacha Mama dos andinos, a grande mãe, testemunhada por todos os agricultores e a  Gaia, da ciência moderna que a vê  como um superorganismo vivo que se autoregula de tal forma que sempre se faz apto para produzir e reproduzir vida.
Então, é nossa obrigação manter a floresta em pé. É uma exigência da humanidade, porque ela pertence a todos, embora gerenciada por nós . O equilíbrio climático da Terra e a suficiência de água para a humanidade passa pela floresta amazônica. É ela que sequestra carbono, nos devolve em oxigênio, em flores, frutos e biomassa. Por isso temos que manter nossas matas ciliares para garantir a perpetuidade dos rios e a preservação da pegada hidrológica (o quanto de água temos a nossa disposição). É imperioso não envenenar os solos pois os agrotóxicos alcançam o nivel freático das águas, caem nos rios,  penetram nos animais pelos alimentos quimicalizamos e acabam se depositando dentro de nossas células, nos entoxicando lentamente.
A luta é pela vida, pelo futuro da humanidade e pela preservação da Mãe Terra.  Vamos sim produzir, mas respeitando o alcance e o limite de cada ecossistema, os ciclos da natureza e cuidando dos bens e serviços que  Mãe Terra gratuita e permanentemente nos dá.
Que devolvemos à Terra como forma de gratidão e de compensação? Nada. Só agressão, exaustão de seus bens. Estamos conduzindo, todos juntos, uma guerra total contra a Terra. E não temos nenhuma chance de ganharmos essa guerra. Temo que a Mãe Terra se canse de nós e não nos queira mais hospedar aqui. Ela poderá nos elimiar como eliminamos uma célula cancerígena. Devemos devolver seus beneficios, com cuidado, respeito, veneração para que ela se sinta mãe amada e protegida e nos continue a querer como filhos e filhas queridos.
Mas não foi a devastação que fomos criados e estamos sobre esse ridente Planeta. Somos chamados a ser os cuidadores, os guardiães desta herança sagrada que o Universo e Deus nos entregaram. E vamos sim  salvar a vida, proteger a Terra e garantir um futuro comum, bom para todos os humanos e para a toda a comunidade de vida, para as plantas, para os animais, para os demais seres da criação.
A vida é chamada para a vida e não para a doença e para morte. Não permitiremos que um Codigo Florestal mal intencionado ponha em risco nosso futuro e o futuro de nossos filhos, filhas e netos. Queremos que eles nos abençoem por aquilo que tivermos feito de bom para a vida e para a Mãe Terra e não tenham motivos para nos amaldiçoar por aquilo que deixamos de fazer e podíamos ter feito e não fizemos.
O momento é de resistência, de denúncia e de exigências de transformações  nesse Código que  modificado honrará  a vida e alegrará a grande, boa e generosa Mãe Terra.
                                               Leonardo Boff
                               Companheiro de lutas e de esperança
 
Petropolis, RJ, 7 de maio de 2011.

Porque um grupo de políticos quer mudar o código florestal

Levantamento de ISTOÉ mostra que pelo menos 27 deputados e senadores tinham pressa em aprovar a nova lei para se livrarem de multas milionárias e se beneficiarem de desmatamentos irregulares

Lúcio Vaz
PARLAMENTARES NA MIRA DO IBAMA
Deputado Giovanni Queiroz (PDT-PA)

Foi multado por exploração em área de manejo florestal em período de chuvas, vetado por lei
Senador Jayme Campos (DEM-MT)
Recebeu multa de R$ 5 milhões, por desmatar em Área de Proteção Permanente (APP)

Deputado Reinaldo Azambuja (PSDB-MS)
Autuado por alterar curso de rio para captação de água e por contaminar recursos hídricos

Deputado Paulo César Quartiero (DEM-RR)
Recebeu multa de R$ 56 milhões por destruir a vegetação nativa em área de 6,2 mil hectares

Senador Ivo Cassol (PP-RO)
Acusado de desmatar reserva legal sem autorização e de destruir vegetação nativa em Rondônia

Deputado Aldo Rebelo (PCdoB-SP)
Relator do projeto que agrada aos ruralistas por abrir brecha para desmatamento



Apesar do amplo apoio que o governo Dilma Rousseff tem no Congresso, um grupo de parlamentares tentou aprovar a toque de caixa, na semana passada, o projeto do novo Código Florestal brasileiro. Não conseguiu. Na quarta-feira 4, a bancada governista fez prevalecer sua força e a discussão foi adiada para a próxima semana. Por trás da pressa de alguns parlamentares, porém, não existia propriamente o interesse por um Brasil mais verde e sustentável. Reportagem de ISTOÉ apurou que pelo menos 27 deputados e senadores defendiam seu próprio bolso e estavam legislando em causa própria (abaixo, cinco casos exemplares). Todos eles já foram punidos pelo Ibama por agressão ao meio ambiente e o novo código que queriam aprovar a toque de caixa prevê anistia para multas impostas a desmatadores. O benefício se estenderia também a empresas e empresários do agronegócio que, nas eleições do ano passado, fizeram pesadas doações a esse bloco parlamentar ligado à produção rural.

“O adiamento é inevitável. É muito difícil analisar uma coisa que não tem rosto, cara. Essa, na verdade, é uma disputa entre Aldo e o PT ”, comentou o deputado Ricardo Tripoli (PSDB-SP) no início da noite da quarta-feira. Ele se referia ao relatório do deputado Aldo Rebelo (PCdoB-SP), que começava a ser criticado por ministros de Dilma. O grupo que exigia a imediata aprovação sabia muito bem o que tinha a ganhar ou perder, ao contrário de boa parte do plenário. O deputado Paulo Cesar Quartiero (DEM-RR) é um exemplo típico. Campeão de infrações, ele foi multado em R$ 56 milhões por eliminar 2,7 mil hectares de vegetação sem autorização em Pacaraima (RR), destruir outros 323 hectares de vegetação nativa e impedir a regeneração em mais 3,5 mil hectares. Foram duas infrações em 2005 e mais duas em 2009. Uma de suas fazendas, de cinco mil hectares, chegou a ser proibida de produzir. Quartiero afirma que sofreu perseguição política porque foi um dos líderes dos arrozeiros na região da reserva indígena Raposa Serra do Sol: “O governo fez acusações para provocar a nossa saída da área”, reclama. Ele vendeu o que restou das suas terras e benfeitorias e comprou 11 mil hectares na Ilha de Marajó (PA) para criar gado e plantar arroz.

A alegação de retaliações partidárias é corriqueira entre os infratores. O senador Ivo Cassol (PP-RO) também sofreu multas pesadas entre 2007 e 2009, período em que era governador de Rondônia. Foi acusado de desmatar 160 hectares em reserva legal sem autorização, destruir 352 hectares de floresta nativa e ainda efetuar “corte raso” em 2,5 hectares em Área de Proteção Permanente (APP). Mas fala em caça às bruxas: “Isso foi perseguição do pessoal do PT, pois minhas fazendas têm 50% de preservação. O setor produtivo não pode ser tratado como bandido.” Cassol nega que esteja procurando o amparo da anistia, ao apoiar o texto de Rebelo. “Não quero isenção de multa. Vou ganhar na Justiça.”O senador e fazendeiro Jayme Campos (DEM-MT) é outro que se inclui na turma dos acossados. Foi multado em R$ 5 milhões por quatro infrações impostas em 2004 e 2005, todas já arquivadas. É acusado também de promover desmatamento em APPs às margens de córregos de uma fazenda, a Santa Amália. “Quando cheguei lá tudo já estava assim, tinha sido desmatado em 84, 85 e 86”, diz ele. Campos alega que as multas foram anunciadas depois de declarações que ele fez contra “a truculência” de fiscais.


RAZÃO
O deputado Tripoli: contra a votação às pressas

O Ibama também pegou o deputado Irajá Abreu (DEM-TO), filho da senadora Kátia Abreu (DEM-TO), presidente da Confederação Nacional da Agricultura e uma das principais lideranças dos ruralistas no Congresso. Multado no ano passado por promover desmatamento em uma propriedade que recebeu de herança em Tocantins, ele afirma que a fazenda “já tinha sido aberta” em 1978, enquanto a legislação sobre o tema só foi aprovada em 1989: “Era um ato jurídico perfeito, que se aplicava na época. Por isso, eu agora defendo a consolidação das áreas.” Ele se refere a um dos pontos mais polêmicos do novo Código Florestal: o fim da exigência de recuperação de florestas em áreas já utilizadas para plantio. O relator Aldo Rebelo prevê a manutenção da área como estava em julho de 2008, quando o projeto foi apresentado.

As multas do Ibama não dizem respeito apenas a infrações cometidas no campo. O deputado Ângelo Agnolin (PDT-TO), por exemplo, construiu um quiosque numa área de APP, às margens do lago que banha a capital Palmas. A multa de R$ 5 mil acabou sendo anistiada num termo de acordo, mas ele não escapou do prejuízo com a demolição do bar de 190 metros quadrados. Casado com a vice-prefeita de Palmas, Edna Agnolin, ele afirma que “tudo é uma questão de interpretação”, pois “o lago é artificial”. Já o deputado Marcos Medrado (PDT-BA) foi multado em 2009 por construir um viveiro de peixes de espécies nativas. Medrado explica que comprou no Pará 50 alevinos de pirarucu registrados, mas não conseguiu apresentar a documentação a tempo. Foi multado em R$ 100 mil.

Fora as pendengas pessoais, o bloco ruralista tende a defender seus financiadores de campanha. Empresas ligadas ao agronegócio doaram pelo menos R$ 45,5 milhões para deputados e senadores nas eleições do ano passado. O levantamento foi feito a partir de dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Mais de 300 parlamentares receberam doações do setor, mas um grupo de 176 foi privilegiado com doações acima de R$ 100 mil. Sete grandes empresas que doaram um total de R$ 25 milhões têm infrações e multas impostas pelo Ibama. O estoque de autuações nesta área parece interminável. Na prestação de contas do governo federal feita no ano passado, consta a aplicação de ­R$ 14,6 bilhões em multas entre 2005 e 2009. A maior parte é resultante de desmatamento na Amazônia. No entanto, muito pouco desse montante retornou aos cofres públicos. Nos últimos dez anos, foram arrecadados apenas R$ 278 milhões, segundo dados do Siafi apurados pela ONG Contas Abertas. Caso aprovada, a anistia de Rebelo beneficiará infrações cometidas até julho de 2008.
img.jpgPRESSÕES
Movimentos ambientalistas tentaram contrabalançar o rolo compressor armado pelos ruralistas

Embora conheça o poder de fogo dos ruralistas, o governo demorou a reagir ao relatório de Aldo Rebelo. Quando percebeu que havia muito contrabando embutido no texto, a presidente Dilma Rousseff pediu aos ministros do Meio Ambiente, Isabela Teixeira, e da Agricultura, Wagner Rossi, que fossem ao Congresso para tentar um acordo. E fez uma recomendação especial: os dois ministros, apesar de suas diferenças, deveriam expressar uma posição única, que representasse o governo. Assim foi feito. Mas, naquela noite, o governo perceberia outra verdade: as bancadas ruralista e governista estavam misturadas. O PT votaria com o governo, mas as dissidências no PMDB seriam consideráveis.

Na manhã da quarta-feira 4, o presidente da Frente Parlamentar da Agricultura, Moreira Mendes (PPS-RO), acompanhou a bancada estadual de Rondônia até o gabinete de Rebelo, para entregar-lhe uma comenda da Assembleia Legislativa. À vontade entre os ruralistas, Rebelo puxou uma enorme faca de cozinha, com cabo de madeira, e começou a picar o seu fumo em rama. Em seguida, entre baforadas, mostrou que era um aliado. “Acontece um tsunami no Japão e querem culpar o agricultor que planta café, cacau, e cria gado em Rondônia.” Ele vê uma conspiração mundial contra o País: “Querem bloquear as possibilidades de uso do nosso solo, subsolo, recursos hídricos, em benefício do nosso desenvolvimento. Como diz certo autor, ‘não existe lugar para os pobres no banquete da natureza’”, filosofou o comunista Aldo Rebelo.
img2.jpg 

domingo, 8 de maio de 2011

Visita importante!

Nessas semanas muitas coisas boas tem acontecido, projetos interessantes, reuniões importantes e uma visita especial.
Na ultima quinta feira o Secretário Estadual de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável, Adriano Magalhães Chaves, o Subsecretário de Gestão e Regularização Ambiental Integrada, Danilo Vieira Junior, e a Subsecretária de Controle e Fiscalização Ambiental Integrada, Marília Carvalho de Melo, aceitaram meu convite e conheceram a sede da OPA. Essa visita é especial para todas as ONGs presentes no Estado, uma vez que demonstra a importância e a abertura que o secretário e sua equipe estão concedendo a entidades
organizadas e atuantes com a OPA, e também a nós ambientalistas.

segunda-feira, 18 de abril de 2011

Recuperação de áreas degradadas

Ao conversar essa semana em uma palestra com o biólogo Sergius Gandolfi aprendi muito sobre recuperação de áreas degradadas. Descobri uma visão totalmente sustentável sobre a Reserva Legal e aprendi que nucleação e produtor de água não são bem o que eu entendia.
Começando pela reserva legal, de acordo com o Código Florestal é permitido o uso sustentável. Porém muitos poucos utilizam dessa forma, simplesmente cercam e deixam intactas. Para a biodiversidade é ótimo, porém para a sustentabilidade não é bem assim. Achei interessante quando ele comentou que em Campinas um fazendeiro faz corte de árvores em sua Reserva Legal através de um manejo sustentável. E isso é MUITO rentável, pois as madeiras que chegam aqui no Sudeste em sua grande maioria vem do Norte, e só o frete encarece em 70% seu custo, quando você comercializa uma madeira daqui você tem pelo menos 70% de vantagens.
Com relação a nucleação, eu sempre entendia que era uma técnica nova infalível. Uma de suas técnicas é fazer uma árvore seca de poleiro e outra é amontoar galhos para ser abrigos para a fauna. Porém de acordo com Sergius o poleiro daria certo se a árvore fizesse sobra, e se fosse o no meio de dois fragmentos de Mata Atlântica, nessas condições qualquer poste ou mesmo sem nada daria certo.
O ponto mais chocante foi com relação ao Programa Produtor de Água, ele disse uma coisa que eu nunca tinha imaginado e que faz todo sentido, o governo, comitês, empresas ou qualquer órgão teria dinheiro para pagar um grande fazendeiro que possui gigantescas áreas de preservação permanentes em suas propriedades? É.. acho que não! Mas não é de todo um programa sem fundamento, pois ele ajuda MUITOS fazendeiros a recuperar suas APPs e contribui financeiramente pelo feito.