segunda-feira, 18 de abril de 2011

Recuperação de áreas degradadas

Ao conversar essa semana em uma palestra com o biólogo Sergius Gandolfi aprendi muito sobre recuperação de áreas degradadas. Descobri uma visão totalmente sustentável sobre a Reserva Legal e aprendi que nucleação e produtor de água não são bem o que eu entendia.
Começando pela reserva legal, de acordo com o Código Florestal é permitido o uso sustentável. Porém muitos poucos utilizam dessa forma, simplesmente cercam e deixam intactas. Para a biodiversidade é ótimo, porém para a sustentabilidade não é bem assim. Achei interessante quando ele comentou que em Campinas um fazendeiro faz corte de árvores em sua Reserva Legal através de um manejo sustentável. E isso é MUITO rentável, pois as madeiras que chegam aqui no Sudeste em sua grande maioria vem do Norte, e só o frete encarece em 70% seu custo, quando você comercializa uma madeira daqui você tem pelo menos 70% de vantagens.
Com relação a nucleação, eu sempre entendia que era uma técnica nova infalível. Uma de suas técnicas é fazer uma árvore seca de poleiro e outra é amontoar galhos para ser abrigos para a fauna. Porém de acordo com Sergius o poleiro daria certo se a árvore fizesse sobra, e se fosse o no meio de dois fragmentos de Mata Atlântica, nessas condições qualquer poste ou mesmo sem nada daria certo.
O ponto mais chocante foi com relação ao Programa Produtor de Água, ele disse uma coisa que eu nunca tinha imaginado e que faz todo sentido, o governo, comitês, empresas ou qualquer órgão teria dinheiro para pagar um grande fazendeiro que possui gigantescas áreas de preservação permanentes em suas propriedades? É.. acho que não! Mas não é de todo um programa sem fundamento, pois ele ajuda MUITOS fazendeiros a recuperar suas APPs e contribui financeiramente pelo feito.

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